Como Montar sua Própria Composição de Preços Unitários (CPU) – Parte 1

Como Montar sua Própria Composição de Preços Unitários (CPU) – Parte 1

No contexto da construção civil, a elaboração de composições de preços unitários (CPU) é uma etapa essencial para garantir a precisão orçamentária de qualquer empreendimento. Nesse cenário, o uso da CPU própria tem se mostrado uma alternativa estratégica para empresas e profissionais que buscam maior controle sobre seus custos e maior competitividade no mercado.

A CPU própria é caracterizada pela ausência de referência direta a bases de dados públicas ou comerciais de preços, como o SINAPI, a TCPO ou os manuais do DNIT. Em vez disso, o orçamentista constrói suas próprias composições com base em experiências práticas, dados de campo e históricos internos de obras.

Vantagens da CPU Própria

Optar por desenvolver uma base própria de composições oferece uma série de benefícios relevantes:

  • Aprimoramento do orçamento e controle de custos: Os dados são mais alinhados com a realidade operacional da empresa, refletindo sua produtividade, logística e fornecedores.
  • Redução de desvios de insumos: Ao utilizar preços reais praticados internamente, diminui-se o risco de distorções no custo de materiais e mão de obra.
  • Maior competitividade: Evita-se o superfaturamento dos orçamentos, permitindo a elaboração de propostas mais enxutas e ajustadas ao mercado.
  • Menor risco de prejuízos: Um orçamento mais preciso diminui consideravelmente as chances de estouros financeiros ao longo da execução da obra.

Desvantagens e Desafios

Entretanto, a criação e manutenção de uma base de CPU própria exigem comprometimento:

  • Tempo de desenvolvimento: Construir uma base sólida demanda tempo, coleta sistemática de dados e organização constante.
  • Atualização frequente: Os preços de insumos e serviços mudam com frequência, exigindo revisão periódica para manter a base coerente com o mercado.

Caminho para a Construção de uma Base Própria

Uma das formas mais eficazes e simples de começar é aproveitar os orçamentos já realizados. A cada obra executada, é possível extrair informações valiosas sobre produtividade, consumo e preços. Com o tempo, a base própria se fortalece e se torna uma referência segura para novos projetos.

Conclusão

A CPU própria representa uma ferramenta poderosa para quem busca autonomia e precisão no orçamento de obras. Apesar dos desafios iniciais, os ganhos em controle, competitividade e segurança financeira justificam o investimento de tempo e esforço na sua construção e manutenção.

No próximo artigo iremos criar uma composição do zero no Excel e no software eCustos. para fazer um comparativo, finalizando assim esse conteúdo com a parte 2.

Espero que tenha gostado e deixe seu comentário se você tem dúvidas sobre esse assunto ou sobre qual tema gostaria de ver no blog.

Abraço.