CPU Como Criar sua Base Própria

CPU Como Criar sua Base Própria

CPU, como criar criar sua própria base de composições de preços, o 3 vídeo desta série incrível do Youtube. E agora, em post também com mais detalhes complementares ao vídeo. Então continue a leitura, prometo que irá valer a pena.

Na minha opinião temos duas maneiras mais comum de resolver a questão da criação da base de composições unitárias próprias da empresa.

Se você não tem ideia do que seja uma CPU, recomendo acessar nosso 1 e 2 vídeo desta série do Youtube.

Mas vamos lá, dentro destas duas opções, classifico a maneira mais fácil e a mais difícil de ter CPU, como criar sua base.

A maneira mais difícil de criar uma base 

Ter um time de apontamento e analisar todos os dados; 

Nesta opção, coloque uma estrutura com auxiliares de engenharia, encarregados, apontadores para analisar todos os dados da obra e medir a produtividade de mão de obra, consumo  de materiais e equipamentos.

Usar ferramentas de ISO e PBQP-H para apontamento através da FVS’s;

Pode e deve usar a qualidade como instrumento para medir. FVS’s (Ficha de Verificação de Serviços), já serve como parâmetro para medir produtividade de mão de obra.

Assim, como usar outras fichas de controle e qualidade para metrificar todos os dados necessários para a sua composição.

Gustavo, é fácil fazer isso? Claro que não. Mas é possível e preciso deixar aqui.

Necessidade de maturidade da empresa;

Pode parecer óbvio, mas o que eu vejo de empresas despreparadas para dar o próximo passo, seja em gestão ou começar a escalar seus negócios, criando processos de forma desnecessária e esquecendo o fundamental: O que deu certo até agora.

Acredite, querer ter controle de tudo e esquecer de fazer o básico bem feito, pode de alguma forma, destruir seu negócio na engenharia em poucos meses ou anos.

E não é raro, ver empresas que não possuem maturidade para implementação de uma base própria ou uma tecnologia e acabar minando, pelo menos no curto prazo, todo o resultado de anos anteriores.

Por isso, recomendo que seja feita estas mudanças de forma planejada e com lastro de dados para decidir, se o momento é este ou não.

A maneira mais fácil de criar uma base 

Aproveitar os próprias orçamentos e bases de dados (Tipos de Obras);

As empresas possuem uma verdadeira mina de ouro, quando falamos sobre dados e informações de obras anteriores.

O problema? Não usam, ou não sabem como usar.

Sim, se você já executou 4 ou 5 obras na mesma região, do mesmo padrão e com projetos similares. Você possui uma base enorme de dados.

Comece a analisar a quantidade de concreto que foi utilizada nas obras, a quantidade de aço por m ² de área construída, a quantidade de forma. Tudo isso, serve como parâmetro. Se algo sair muito fora do histórico, analise o projeto e sempre se questione.

Porque usamos mais nesta obra e menos naquela? Qual o índice que está carregando este aumento, mudamos o projeto? Preciso corrigir alguma rota, que seja feita antes de iniciar a próxima obra.

Comece pela Curva A e B;

Conhece a curva ABC, lei de Pareto. Regra 80/20 (80% do resultado da obra está concentrado em 20% dos serviços).

Realize as composições da curva A e B, em uma análise recente pegamos 4 a 5 etapas de uma obra residencial e predial, que representaram com uma cesta de composições de 15 a 20 itens, 70% do valor total da obra.

Em orçamentos, onde temos de 1.000 a 5.000 composições, saber realizar este tipo de filtro pode ajudar bastante.

Se começar do zero, compare os índices com alguma base de mercado;

Pra que criar algo do zero, se existe referências e boas em nosso mercado de como fazer.

A Sinapi, por exemplo. Está cada dia melhor. É claro que é muito específica, para obras de licitações e prediais. É possível aproveitar a parte cinza da obra, fundações, estrutura, alvenaria, etc…

Para acabamentos, esquadrias e outras etapas, faça as cotações.

Use os índices, valores de mão de obra (Neste caso é considerado na base Sinapi é CLT). Aprimore com seus dados para encurtar o caminho da base própria.

Outra fonte para ter mais dados de insumos, é o  Trends.

Tenha referência de M.O para comparar com empreiteiros;

Com uma base minimamente começada, é possível extrair os índices de mão de obra e comparar com seus empreiteiros.

E para contratos, de forma global, tente abrir pelo menos por etapa da obra. Irá ajudar.

Realizar cotações de preços de insumos para atualizar a base;

Últimas compras de insumos, se você usa o Sienge ou Go (Gestor Obras), é possível ter as cotações de últimas compras para atualizar seus insumos.

Na próxima semana, iremos lançar uma integração nativa com a plataforma Sienge, esteja atento a esta super novidade do mercado. O primeiro e único software de orçamento eCustos com integração nativa com a maior plataforma, líder de mercado em grandes e médias construtoras.

Conclusão

Criar sua própria base de composições é um passo SUPER importante para realizar uma gestão de custos mais próxima da realidade.

Com margens de lucro cada vez menores, pouca produtividade em nosso mercado e os preços de insumos oscilando, ter uma base confiável passa a ser cada vez mais obrigatória para competir e ter lucro em nosso mercado da construção civil.

Esteja preparado e conte com a gente para aprimorar cada vez, seja atuando em cada um dos pontos citados neste post, ou começando a arrumar seus processos: compras, orçamentos, planejamento…

Comente aqui neste artigo, qual etapa do processo de gestão de uma construtora você possui mais dificuldade.

É importante saber, para trazer nos próximos artigos materiais que ajudem nesta jornada.

Abraço e até o próximo artigo.

Eng. Gustavo Martins